segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Tuvucanadá: Van Halen

Um grande valeu ao amigaço Eric Hodama, que conheci no Canadá e me forneceu as fotos (ele ficou em um lugar bem melhor do que o meu no show).

Irreverência, guitarras e Rock 'n' Roll

Por Marcelo Tuvuca Freire


Meu primeiro post no Rock Tales, grande idéia do amigo Bruno Vicaria, é sobre uma das minhas maiores e melhores experiências com o Rock 'n' Roll.

Em agosto do ano passado, o Van Halen anunciou que se reuniria com David Lee Roth, seu vocalista original. Seu último show com a banda havia sido na turnê do disco "1984", o clássico que continha Jump, Panama, Hot For Teacher, I'll Wait e outras grandes músicas.

Eu já planejava ir para Toronto em setembro, e quando descobri sobre o show tentei comprar o ingresso pela internet. Tinha conseguido isso com o Rush, que eu também presenciei em terras canadenses, mas não foi possível com o VH. No meu segundo dia em Toronto, fui à bilheteria do Air Canada Centre e consegui comprar. Era um péssimo lugar, ruim de assistir, mas pra ver Eddie e Diamond Dave juntos valia muito a pena.

Fui ao ACC para assistir ao show, bem diferente de como seria aqui. Lá, o público se empaturra de pipocas, hot-dogs e refrigerantes. Não existe confusão em relação a ingressos: você senta onde está marcado. Mas, diferentemente do que aconteceu no show do Rush que eu assisti (no mesmo Air Canada Centre), no VH a galera agitou bastante e cantou as músicas.

Nada comparado com o que aconteceria aqui, obviamente. Aliás, eles deveriam voltar para os brasileiros conferirem a nova formação (Eddie, Alex, David e Wolfgang Van Halen, filho de Eddie). Para quem não se lembra, o Van Halen tocou aqui em 1983, no ginásio do Ibirapuera, durante a turnê do disco "Diver Down".

Abaixo, está o review que eu escrevi para a revista Rock Brigade, publicado no mês de dezembro. Nele, estão todos os detalhes do show, inclusive set-list. Essa pequena apresentação foi apenas para ambientar o que foi vivenciado no ACC. O que o show me provou foi a necessidade de David Lee Roth voltar à banda.

Para mim, não interessa que o cara é um grande mala, nem que ele e Eddie não se suportam. Também não sei quanto tempo essa reunião vai durar. O que importa é que David claramente inspira Eddie a tirar o melhor de sua performance - e esse é um dos mais criativos guitarristas da história do Rock.

Outro ponto alto foi o set, baseado apenas nas músicas de David com a banda (1978-84). Eu adoro Sammy Hagar (que ficou no VH entre 1985 e 1996, voltando para uma turnê em 2004), mas acho que o fato de o "Red Rocker" não cantar muitas músicas da época de Roth fez com que Eddie sentisse muita falta de tocar esse material. Afinal, foram essas canções que fizeram a banda estourar no mundo inteiro. Dava pra ver o tesão na cara do guitarrista, empolgadaço, dedilhando a maravilhosa Ì'm the One, do primeiro disco.

O show foi realmente inesquecível, um dos melhores que eu já assisti. A banda esteve (quase) perfeita, e o set foi inacreditável. Mas isso eu deixo para vocês lerem no review.

Um abraço a todos.

Van Halen – Air Canada Centre, Toronto 7/10/2007

Review por Marcelo Freire

Quando os irmãos Van Halen anunciaram uma reunião com David Lee Roth, em agosto deste ano, a primeira pergunta que todos fizeram foi: será que desta vez rola mesmo?

Desde que Sammy Hagar saiu da banda, em 1996, uma possível turnê com seu vocalista original sempre é cogitada. Nesse meio tempo, Gary Cherone, ex-Extreme, entrou e foi demitido do grupo, que depois saiu em turnê com o próprio Hagar durante alguns meses, em 2004, até as brigas entre os integrantes cancelarem os planos da banda. Dessa maneira, a volta (até o momento provisória) de David Lee ao Van Halen não é exatamente uma surpresa.

A surpresa maior ficou por conta do desprezo dos irmãos por Michael Anthony, baixista da banda desde 1974. Em seu lugar, o guitarrista e o baterista trouxeram ninguém menos que o filho de Eddie, Wolfgang Van Halen, de apenas 16 anos. É nesse contexto que o Van Halen sobe ao palco do lotado Air Canada Centre, em Toronto, para dar início ao quarto show desta turnê.


Eddie entra sorridente, pulando e desferindo o riff de You Really Got Me, para delírio do público canadense. David aparece agitando uma bandeira vermelha, no fundo do palco. A performance da banda é empolgante, assim como o abraço entre David Lee e Eddie ao final da canção.

O set-list, logicamente, inclui apenas músicas da fase inicial do grupo norte-americano, até 1984. O show prossegue com I'm the One e Runnin' With the Devil, e Roth prova que ainda está em ótima forma. Mas o destaque mesmo é Eddie Van Halen. Ele pode ser controverso, mas quando está no palco se transforma em um deus da guitarra. Mais importante, parece tocar como se fosse seu último show, no alto de seus 52 anos. O guitarrista transmite para a platéia toda essa energia, distribuindo sorrisos, como se estivesse fora dos palcos há duas décadas.
A banda continua despejando seus hits com Romeo Delight (música de abertura da única turnê da banda por terras brasileiras, em 1983), a energética Somebody Get me a Doctor (um dos melhores riffs já compostos por Eddie), Beautiful Girls e a 'alegre' Dance the Night Away, muito bem-recebida pela platéia.


Nesse momento, já era possível notar que a química entre Eddie e David está sempre acesa, mesmo que os dois estejam bem longe de ser grandes amigos. Roth completa como ninguém a performance agitada e cheia de energia de Eddie. Apesar disso, o vocalista demonstra uma certa comodidade no palco, se poupando em algumas músicas. Sua performance, na verdade, se assemelha muito àquela do festival Live' n' Louder de 2006, em São Paulo. Mesmo assim, David Lee Roth sabe hipnotizar a platéia e deixá-la em suas mãos durante todo o tempo.

Após a banda tocar Atomic Punk, pérola do primeiro disco, o vocalista mostra suas habilidades sonoras ao imitar o som de uma moto com a sua boca, 'duelando' com Eddie Van Halen em Everybody Wants Some. O grupo segue o set-list –muito bem escolhido e estruturado, por sinal– com So This is Love?, Mean Streets e (Oh) Pretty Woman, levantando o público com um cover que todos conhecem. Ao final da música, é a vez de Alex Van Halen demonstrar suas habilidades, executando um solo de bateria simples e não muito longo, mas de ótimo gosto.


Unchained é a próxima, e David, como de costume, mais grita do que canta tal música, deixando grande parte das letras para pai e filho Van Halen, que fazem os backing vocals. E eles não decepcionam, demonstrando afinação e fidelidade às versões de estúdio. Se compararmos a performance do Van Halen do início da década de 1980 com a desta turnê, nota-se que os backing vocals melhoraram consideravelmente.

A balada I'll Wait tranquiliza um pouco o ambiente antes de And the Cradle Will Rock, talvez a música mais bem executada do show, pesada e muito fiel à versão original. É a vez de Hot for Teacher levantar o público, seguida por Little Dreamer, Little Guitars, Jamie's Crying e Ice Cream Man.

Com o show chegando à sua parte final, é preciso analisar a performance do 'moleque' Wolfgang Van Halen. Primeiro, é claro que Michael Anthony faz muita falta para o grupo. O baixista, sempre em segundo plano, ajudou a criar a imagem e o estilo do Van Halen durante os 30 anos de existência da banda. Com apenas 16 anos, esse é um fardo que Wolfgang precisa superar. Ele ainda é inseguro e tímido no palco, sem saber direito onde ficar. Mas não cometeu erros e sempre olhava o pai como exemplo, literalmente, indo atrás de Eddie durante a apresentação.

O guitarrista busca dar moral para o filho, 'duelando' e fazendo brincadeiras com Wolfgang. De qualquer maneira, é muito estranho ver um show do Van Halen sem Michael Anthony no palco. Depois de Ice Cream Man, a banda inicia um de seus maiores clássicos, Panama, que deixa todos em pé antes do solo de Eddie. O guitarrista se joga no chão (sem a agilidade de outros tempos, obviamente), executa trechos de músicas instrumentais (sendo Eruption a mais fácil de se reconhecer) e lança um sonoro "we're a fuckin' band now!" antes de Ain't Talkin' 'Bout Love, outro clássico que faz todos no Air Canada Centre cantarem.

Após o vigésimo abraço entre David e Eddie, a banda se despede antes de voltar para o bis. Logo depois, ouve-se a introdução 1984, que esquenta o ambiente para Jump, maior hit da banda em sua história. Confetes caem sob o público e David Lee Roth 'chama' a platéia para cantar com um gigante microfone inflável. O vocalista ainda demonstra suas habilidades no kung-fu, fazendo malabarismos com um bastão durante o solo de teclado de Jump.

Ao final da apresentação, enquanto todos saíam do Air Canada Centre com um sorriso 'colado' no rosto, vêm as perguntas. Até quando essa reunião vai durar? Será que os irmãos Van Halen, famosos pelo temperamento complicado, aguentarão o imprevísivel e inconseqüente David Lee Roth por muito tempo? Existem planos para um novo disco de estúdio? Teria Michael Anthony espaço nessa nova encarnação da banda?

Nada disso pode ser respondido ainda. Mas uma coisa é certa: a equação Eddie Van Halen + David Lee Roth é igual a Van Halen. Roth tem o espírito boêmio, irreverente e festeiro do grupo, e Eddie reconhece isso. Resta saber por quanto tempo a lua-de-mel vai durar.

Não aguento mais

Não é nada muito sério. Apenas que eu não aguento mais a propaganda da Claro que tem a música "A Kind of Magic", do Queen.

Eu gosto da música, não é uma das melhores da banda, na minha opinião, mas é agradável. Só que não aguento mais. Passa esse comercial o dia inteiro, em todos os canais. Será que a propaganda é sempre positiva? Será que esse tipo de superexposição não prejudica?

Me lembro de que aquele comercial do Mercado Livre, que tinha aquela musiquinha com o violãozinho, teve efeito parecido em minha pessoa. Me dava náuseas, de tão irritante. E a música não era tão ruim assim, o que matava era a repetição.

Lembro também do incessante reclame do Fiat Idea. "Un belo dia, un belo dia, un belo dia, un belo dia... aaahh ah". Ugh.

Em tempos multímidia, algumas empresas deveriam analisar um pouco melhor o que o marketing excessivo pode gerar.

Ainda mais quando a propaganda é tão bem-feita, como no caso da Claro. Lembro quando cheguei do Canadá e logo a assisti na TV. Fazia uma alusão a filmes do passado, que tentavam adivinhar quais seriam as inovações tecnológicas do futuro. E terminava com uma frase que dizia algo do tipo: "uma homenagem àqueles que sonharam, e a Claro ajuda a tornar esse sonho realidade". Algo assim. Ao fundo, a bela "A Kind of Magic", casando perfeitamente com o vídeo publicitário.

Falei para um amigo meu: "nossa, que propaganda genial!". Ele disse: "é, mas já encheu o saco!".

Isso foi em novembro. Já estamos quase em março, e com essa repetição incessante, só posso concordar com a afirmação.

E coitada da canção do Queen, vítima nessa história toda.

O doping é a palavra da vez

Logicamente que eu estou muito atrasado sobre o assunto, mas não foi possível postar nestes últimos dias, que foram uma correria danada. E o que eu vou dizer também não é novo, todas as feras por aí já disseram.

Mais chocante do que a denúncia de Renato Russo à repórter Erika Akai, de que alguns pilotos se drogam antes de algumas corridas da Stock, em brilhante matéria do Estadão (a pauta foi perfeita), foi a postura de Paulo Scaglione, presidente da CBA, de que não lê a revista Playboy.

Explico: Cacá Bueno deu uma entrevista à Playboy no ano passado falando (de acordo com reprodução do Grande Prêmio) "se houvesse exame antidoping na Stock Car, muito piloto deixaria de correr". É uma acusação tão séria quanto a de Russo. O Cacá até dá uma amenizada depois, dizendo que nunca viu nada e nem tem como provar. Mas deixa claro sua desconfiança.

Perguntado sobre o assunto pelo Lance!, Scaglione respondeu que não lê a Playboy. Caro mandatário, ninguém está interessado em seus interesses literários, e sim na coerência de suas decisões. Russo foi levado ao STJD por suas declarações, Bueno não. Gosto, às vezes, da sinceridade do Cacá. Mas porque ele pode falar e o Renato não? Só para lembrar que o Russo tem 40 anos e corre há uma eternidade no automobilismo nacional.

Tem que levar ambos a sério e investigar. É assim que se resolve as coisas. Não mandando calar a boca. Aliás, nesse país, ultimamente, estão mandando todo mundo calar a boca sobre tudo. Tudo é tendencioso. Ou você é petista ou anti-Lula. "Crente" ou anti-evangélico.

Parece que não existe mais isenção em nada. É um complexo de inferioridade do brasileiro, de que nada presta no país.

Algumas coisas prestam. E outras precisam ser analisadas. Igual ao médico da CBF que foi demitido por levantar a hipótese de que o Ronaldo poderia ter sido tratado com anabolizantes por médicos holandeses. Afinal, opinião de cano é ralo. Mesmo de um profissional supostamente muito bem conceituado, já que foi contratado pela CBF. Quando ele falou o que achava, seu conceito caiu "repentinamente".

Voltando ao assunto, o lance do doping precisava ser investigado, mas provavelmente não será. Espero que pelo menos o exame antidoping na Stock saia do papel. Em nome da segurança. Segurança essa que, por inúmeros fatores, não conseguiu evitar esse acidente.


Para que as mortes possam ser evitadas em um esporte tão perigoso como automobilismo, é melhor que tentemos evoluir em todas as questões relacionadas à segurança, não apenas aquelas que nos interessam.

Tempos de escassez...

...de posts. As coisas andam sobrecarregadas demais, ainda bem.

Mas estarei sempre por aqui, comentando as coisas. Só a freqüência será um pouco menor.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Os 25 anos de Thriller

Segue notícia da Folha Online, com Associated Press, sobre o lançamento da nova versão do clássico "Thriller", que hoje festeja 25 anos.


"Thriller" completa 25 anos com lançamento de nova versão

da Folha Online


da Associated Press, em Nova York



O álbum "Thriller", do cantor Michael Jackson, 49, completa 25 anos de lançamento nos Estados Unidos nesta terça-feira. Como "presente", uma nova versão, chamada "Thriller 25", está disponível a partir de hoje no mercado americano.

Duplo, o trabalho é composto por um CD com as músicas originais remasterizadas e novas colaborações, como de Akon, Will.i.am, Fergie e Kanye West, além da balada "For All Time", que foi suprimida do primeiro ""Thriller".

O segundo disco é um DVD com versões digitais de clipes como "Beat It", "Billie Jean" e "Thriller", além da performance de Jackson na Motown 25.

Ontem, Jackson lançou um vídeo agradecendo aos fãs o sucesso do álbum "aniversariante". "É difícil acreditar que há 25 anos Quincy Jones e eu embarcamos em um álbum chamado 'Thriller'", afirma no material divulgado pela Sony-BMG.

"Ser capaz de dizer que 'Thriller' ainda mantém o recorde de o álbum mais vendido de todos os tempos é maravilhoso. Eu tenho de agradecer a vocês, meus fãs, pelo mundo por esta conquista", afirmou Jackson, que vendeu mais de 750 milhões de cópias pelo mundo todo.

Não foi divulgado quando Jackson gravou o vídeo ou onde ocorreu a filmagem.


Se não for muito caro, comprarei. Já quase comprei o "Thriller" diversas vezes, mas sempre deixei de lado por algum motivo.

Acho que esse disco revolucionou a música pop. Aliás, ele é dos tempos em que a música pop produzia artistas de qualidade como Michael Jackson e Madonna, entre outros. Hoje em dia, é de se lamentar o que se escuta nas rádios.

Jackson foi o maior cantor pop de todos os tempos, na minha opinião (apesar de eu questionar essa informação de "750 milhões de cópias vendidas" --esse tipo de cifra é sempre inchada). O cara cantava bem, fazia música boas (com a providencial ajuda de Quincy Jones), dançava bem e era um grande performer. Montava um show como ninguém. Pena que eu era muito moleque para ir no show dele em São Paulo, em 1993. Nunca mais verei.

Para mim, ele enlouqueceu com a fama. Virou megalomaníaco. Tentou fazer "músicas de mudar o mundo" como We Are the World e Heal the World, mas acabou tendo a reputação manchada com as várias acusações que sofreu relacionadas a pedofilia, que colocaram uma interrogação sobre a verdadeira face de Michael Jackson.

Nada disso importa quando analisamos "Thriller". Foi seu auge como artista, em uma época na qual ainda era negro. Beat It, Billie Jean, a faixa-título e outras pérolas estão lá.

Jackson também praticamente criou a indústria do videoclipe e impulsionou a MTV com o lançamento do clipe de Thriller. Para mim, aquela dança com os monstros foi imortalizada como um dos mais legais espetáculos audiovisuais que a música produziu. Esqueça boys bands, Britney Spears e tudo que foi copiado de Jackson. Aquilo foi original de verdade. O resto é resto.

Espero que MJ volte à sanidade um dia e produza grandes discos, mesmo com sua cara bizarra de hoje em dia. Infelizmente, não acho que isso irá acontecer. É realmente uma pena.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Leslie, 82


Hoje é aniversário de Leslie Nielsen. Sim, o senhor de cabelos brancos com cara de sério e que fez um punhado de filmes besteirol.

Nascido em 11 de fevereiro de 1926 em Regina, no estado de Saskatchewan, esse canadense participou em diversos filmes "sérios" até deslanchar como humorista no clássico "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!" (Airplane!, 1980), onde eternizou o Dr. Rumack, que buscava resolver os problemas da aeronave com aparência serena, mas das formas mais malucas possíveis.

Recentemente, ganhei o DVD original deste filme, em inglês, e já assisti a ele duas vezes. Foi dirigido pelo trio Jim Abrahams, David Zucker e Jerry Zucker. A atuação de Nielsen, aliada ao desempenho genial de outros atores veteranos, como Lloyd Bridges, Peter Graves e Robet Stack, se tornou uma das películas mais cultuadas da década de 1980.


Até o jogador de basquete Kareem-Abdul Jabbar aparece como co-piloto do avião (ele ainda jogava nos L.A. Lakers na época, uma das piadas com seu personagem no filme, Roger Murdock). "Airplane!" foi um pioneiro do estilo besteirol e contém diversas piadas politicamente incorretas, digna de orgulhar Borat, em uma época na qual os EUA eram comandados pelo democrata Jimmy Carter.



Depois disso, Leslie tentou o sucesso com a série "Police Squad", que acabou durando pouco, em parceria com os criadores Jim Abrahams e os irmãos Zucker. No entanto, o longa-metragem baseado em "Police Squad" consagrou o ator canadense como um dos maiores comediantes do cinema nos anos 1980. O nome do filme? "Corra que a Polícia Vem Aí" (The Naked Gun, 1988), lançado seis anos depois do fim da série.

A comédia tinha ainda um ótimo elenco de coadjuvantes (como OJ Simpson, antes de seus problemas conjugais e judiciais, e Priscilla Presley, viúva do Elvis) e uma atuação inspiradíssima de Leslie como o tenente Frank Drebin. Duas seqüencias, também engraçadas, foram lançadas em 1991 e 1994. Apenas a última, 33 e 1/3, foi dirigida por Peter Segal e não David Zucker. De qualquer maneira, o trio Abrahms/Zucker/Zucker participou escrevendo o roteiro da trilogia.

Depois, Leslie filmou "Drácula, Morto mas Feliz" com Mel Brooks, "Repossuída", "Duro de Espiar" e "Mr. Magoo", entre muitos outros. Ainda voltaria à parceria com David Zucker nos capítulos 3 e 4 da série "Todo Mundo em Pânico".

O sucesso deu uma minguada, mas esse respeitável senhor de 82 anos continua a fazer comédias. Sempre quer fazer os outros sorrirem. Mesmo em roteiros pobres, ele consegue isso, com sua cara de sonso e sempre desconfiando das pessoas. Até o dublador dele aqui no Brasil é engraçadíssimo.

Parabéns, Mr. Nielsen.

Um pouquinho de F-1

Para iniciar mais uma semana de atividade deste Blog do Tuvuca, comentarei um pouco sobre F-1, que deveria estar mais presente neste espaço, mas não havia muito o que falar até então.

Para começar, testes de início do ano.

A Ferrari e a Toyota treinaram na última semana em Bahrein. Os japoneses figuraram, enquanto Massa só superou Raikkonen hoje. O finlandês foi o mais rápido nos outros cinco dias. Na quarta passada, Kimi teve seu melhor desempenho: 1min30s455, tempo que ninguém superou no circuito de Sakhir.

Apesar dos testes não dizerem muita coisa, apontam que Massa foi constantemente mais lento do que Kimi em Sakhir. O título mundial no ano passado, mais do que surpreendente (e contra um carro melhor), parece ter motivado muito o finlandês. Felipe não será carta fora do baralho, mas seu início de temporada vai ser importantíssimo para ele demonstrar que pode andar no ritmo de seu companheiro. Não conseguiu na segunda metade da temporada 2007, quando Kimi se adaptou e deslanchou no campeonato.

Mas a briga entre os dois promete ser boa. São mais experientes do que a dupla Hamilton e Kovalainen, da McLaren, e isso pode ser fundamental. Lewis é rápido, como já provou. Agora precisa mostrar que consegue liderar a equipe sem Fernando Alonso, e terá que lidar com a pressão de obter grandes resultados, coisa que não acontecia no ano passado. Kovalainen precisará de um tempo para se adaptar, e continua uma incógnita, mesmo tendo demonstrado ser bom piloto após um início desastroso em 2007. Heikki pode vir a ser um campeão ou um eterno segundo piloto (como foi David Coulthard, por exemplo). O tempo irá dizer.

E Alonso... Fernandito, a criança preciosa... Tem que juntar os cacos na Renault para ver onde pode chegar. Imagino ele mais ou menos como Schumacher na Ferrari em 1996. Naquele ano, o alemão estreou em uma equipe italiana que buscava se reerguer após tantos insucessos (as 16 temporadas anteriores, para ser exato). No começo do ano, o carro não tinha nem o bico "tubarão", criado pelo John Barnard na Benetton e copiado por todo mundo nos anos subseqüentes. O primeiro carro "tubarão" da Ferrari veio ainda em 1996, mas parecia mais um caixote. Mesmo assim, Schumacher brilhava quando conseguia (como no GP da Espanha, onde chouveu horrores). Acho que Alonso vai brilhar quando o carro ou as condições metereológicas permitirem.

Por último, deixo Nelsinho. Espero que a imprensa brasileira tenha calma com ele. Não deve conseguir grandes corridas neste começo do ano. Nem superar Fernando Alonso. Ele não é Lewis Hamilton, e a Renault também não é a McLaren. Briatore vai fazer de tudo para dar o melhor ao espanhol. Piquet tem que lidar bem com isso, aprender com o bicampeão e comer pelas beiradas. Acredito que ele tenha essa consciência. Falta a nossa mídia esquecer o "estigma Rubens Barrichello" (onde um segundo piloto não tem mérito nenhum) e atuar com isenção com Nelsinho.

E o resto é resto. Torço pela Williams, que melhorou muito no ano passado após a desastrosa temporada de 2006 e fez grandes testes na pré-temporada (diferentemente do futebol, a F-1 realmente tem uma pré-temporada). Nico Rosberg, filho do Keke, vem se destacando cada vez mais, agora falta saber o que o novato Kazuki Nakajima, filho do Satoru, conseguirá. Espero que muito.

Já a BMW precisa dar uma alavancada em 2008, lutar por vitórias e chegar mais perto de Ferrari e McLaren. Mas acho que os caras vão acabar ficando atrás do Alonso e a dupla Nick Heidfeld (o imprevisível)/Robert Kubica (a promessa) deve brigar mesmo com os moleques da Williams.

Aliás, o troféu de "ultrapassados" do ano vai para a Red Bull, que manteve os enferrujados Mark Webber e David Coulthard enquanto que sua "filial" Toro Rosso trouxe Sebastian Vettel (que já tinha substituído o horrendo Scott Speed no ano passado) e o francês Sébastien Bourdais (tetracampeão da Champ Car em cinco temporadas que disputou). Esses caras vão fazer a velharada Coulthar/Webber comer poeira.

E o troféu de "ninguém sentirá sua falta" vai para Ralf Schumacher, o irmão que não deu certo.

Legal será no fim do ano, quando provavelmente 90% dessas previsões se mostrarão erradas. Afinal, este é o papel do jornalista esportivo: fazer previsões utilizando a lógica. Ao esporte, cabe mostrar que lógica só serve para vender jornais (ou blogs).

Racismo

A F-1 também teve de enfrentar seu primeiro caso de racismo, quando alguns torcedores espanhóis se pintaram de preto, colocaram umas perucas rídiculas e uma camiseta escrito "Hamilton's Family", no circuito de Montmeló, durante os treinos da F-1 em Barcelona.

Não se pode deixar esse tipo de gente adentrar autódromos. Deixaram, que não deixem mais.

E, se acontecer de novo na Espanha (onde é mais propício acontecer, não porque o país é mais racista do que os outros --coisa que a imprensa inglesa chegou a divulgar--, mas porque é lá que estão os fãs de Fernando Alonso, que odeiam Hamilton), que cancelem os GPs de Barcelona e Valência.

Aliás, os fãs espanhóis odeiam Hamilton ("carinho" retribuído pela torcida inglesa com relação a Fernando) também porque as mídias espanhola e britânica esqueceram, em 2007, de que eles devem noticiar a F-1, e não defender seus compatriotas para ver quem está mais errado.

No Canadá, conheci um espanhol, o Sergio, que tinha certeza que Fernando Alonso teria sido campeão se a McLaren tivesse permitido. O inglês John, que conheci em Montréal, disse que Lewis só havia perdido o título porque a Ferrari havia ganhado com "combustível ilegal". Esqueceram de falar que uma cagada semelhante da Elf em 1995 quase tirou a vitória de Schumacher (de Benetton) e o segundo lugar de Hill (na Williams) no GP do Brasil, mas o caso foi analisado e prevaleceu a razão (de que nenhuma das equipes tinha culpa da besteira da Elf).

É muita cara-de-pau. Não de Sergio e John, mas da imprensa de seus países, que colocou esse monte de minhoca distorcida na cabeça dos outros.

E cara-de-pau maior é a imprensa britânica (mais precisamente o The Independent) dizer que o país está décadas à frente da Espanha nas questões raciais. O Daily Telegraph seguiu linha semelhante, insinuando que as autoridades espanholas não educam seus torcedores porque consideram esse tipo de manifestação racista "aceitável".

Se for assim, o que foi o caso Jean Charles de Menezes? Um lapso? Os brasileiros que vivem lá, por exemplo, não são olhados, muitas vezes, como inferiores? É o que eu escuto, às vezes, de quem vive por lá.

Acontece em todo mundo, tablóides britânicos. Vocês não são melhores (e nem piores) do que a Espanha neste aspecto.

Que voltem a noticiar neste ano. Assim espero.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Saudoso Peverett, Grande Foghat

Fui apresentado ao Foghat em 1998, mais ou menos, por um amigo mais velho que conhecia várias bandas americanas de hard rock dos anos 1970 e me mostrou essa. Primeira música que eu ouvi? O hit "Slow Ride", claro.

Dedico esse post, na verdade, ao vocalista e guitarrista do Foghat, "Lonesome" Dave Peverett, que morreu há exatamente oito anos, vítima de câncer, com 57 anos. Algum tempo antes, ele tinha remontado a banda com sua formação clássica e, mesmo doente, continuou a tocar pelos palcos da América do Norte até quando a doença permitiu. Aparentemente, seu último show com a banda foi em 16 de outubro de 1999, em Las Vegas, quatro meses antes de morrer. Já estava bem magro e com aparência de doente, mas não abandonou o rock 'n' roll.

Apesar do som norte-americano, o Foghat é, na verdade, britânico. Surgiu das raízes de uma banda inglesa chamada Savoy Brown, que mesclava blues e rock 'n' roll, da qual saíram Peverett, o baixista Tony Stevens e o baterista Roger Earl, fundadores do Foghat. Chamaram mais um guitarrista (que mandava muito bem na slide guitar), Rod Price, e se mandaram para os EUA.

O cover de "I Just Want to Make Love to You" foi o primeiro hit dos caras, fazendo parte do disco de estréia, auto-intitulado, de 1972. Os próximos discos, Foghat (Rock and Roll) (1973), Energized (1974) e Rock and Roll Outlaws (1974) pavimentaram o sucesso para vôos maiores em 1975, com o classicaço Fool for the City.

Desse disco, veio o maior hit do Foghat, "Slow Ride", e mais outras grandes músicas, como a faixa-título e o cover de "My Babe". Nessa época, Tony Stevens já havia deixado o grupo e o produtor Nick Jameson tocou baixo em Fool for the City; no disco seguinte, Night Shift (1976), a vaga já estava preenchida por Craig McGregor, que ficaria por um tempão na banda.

O segundo disco clássico da banda foi Foghat Live (1977), um daqueles ao vivo cheios de energia, pesados e inspirados que a década de 1970 produziu (Kiss Alive!, de 1975, é um destes exemplos). Com apenas seis músicas, o disco reforçou o Foghat como uma das maiores bandas norte-americanas na época (mesmo sendo britânica). Ao que parece, também ficaram conhecidos no Brasil; hoje em dia, no entanto, são poucas pessoas que conhecem os caras. Com a dedicação da Kiss FM em São Paulo, já ouvi Foghat mais de uma vez na rádio. E Slow Ride vem recebendo o reconhecimento que merece. Nos EUA, por exemplo, ela já tocou até em um episódio de Seinfeld! E está na trilha sonora de diversos filmes, como o grande Jovens, Loucos e Rebeldes, feito no início dos anos 1990 sobre os jovens da década de 1970. Um dia posto sobre esse filme, um dos meus favoritos.

Mas enfim, depois disso o grupo ainda lançou alguns discos bons (como Stone Blue, de 1978), passou pelas fatídicas mudanças de formação e caiu na mesmice dos anos 1980, quando todas essas grandes bandas de hard rock se perderam. Ficou meio oito ou oitenta: ou você seguia o caminho pesado do heavy metal (iniciado por Judas Priest, UFO e Scorpions) ou seguia o caminho "seguro" dos anos 1980, eletronizando e colocando teclados em tudo (o UFO, já citado como um dos pioneiros do heavy metal, foi nessa direção e acabou quebrando a cara).

O Foghat resolveu seguir como uma banda de blues rock, menos pesada e um pouco mais pop. Com o tempo, desapareceu, voltando na década de 1990 com sua formação original. E o homenageado "Lonesome" era uma das melhores coisas da banda com seu vocal alto e afinadíssimo, cujo timbre assemelhava-se ao de Mark Farner, do Grand Funk Railroad (aquele que canta "Feelin' Alright" e "The Loco-Motion", e não "We`re an American Band", vocalizada pelo baterista Don Brewer).

Eles também mostraram nos EUA que a música pesada era um ótimo caminho para as bandas iniciantes. Ao lado do Aerosmith, que também estava em seu início, pavimentaram o caminho para o Van Halen, por exemplo.

Aliás, esse hard blues rock pesadão nunca mais foi o mesmo quando chegou o ano de 1980. Alguns caras, como o Lenny Kravitz, tentaram resgatar isso, até com qualidade e sucesso. Mas a originalidade, criatividade e talento da turma de "Lonesome" Dave Peverett ainda merece destaque e reconhecimento maiores.

Eu já era um grande fã da banda quando Peverett morreu, em 2000. Já tinha até cd dos caras. Fiquei realmente triste, foi um dos primeiros caras do rock 'n' roll que morreram e me deixaram chateado. Naquela época, ouvia muito as bandas setentistas, até mais do que agora.

Mas o engraçado é que, por algum motivo, estou voltando a ouvir.

Como nos velhos tempos

Assistir ao jogo Juventus versus Portuguesa na Rua Javari é realmente um negócio diferente. Sempre quis ir lá na Mooca ver um jogo, mas enrolava e acabava não indo. Desta vez, não poderia ter escolhido melhor ocasião para visitar a arena juventina.

Lógico que "arena" é uma maneira carinhosa de chamar o acanhado estádio da zona leste de São Paulo. Aliás, hoje tudo quanto é estádio é considerado "arena". Até Barueri tem uma.

Mas enfim, decidi em cima da hora, chamei um amigo e fui pra lá, às 16h de uma quarta-feira, dia 30 de janeiro. Queria entrar na torcida da Lusa, mas estava lotada; acabei ficando no lado do Juventus mesmo. Entramos com mais de 30 minutos do primeiro tempo, com o placar de 2 a 0 para o time da casa.

"Perdemos o melhor", pensamos. Que nada. A Lusa fez um gol com o Christian (aquele mesmo, ex-Inter, Corinthians, Grêmio, Palmeiras...) e a etapa inicial acabou 2 X 1. No segundo tempo, Allan Delon fez mais um para Juventus e Christian descontou de novo para a Lusa. Final: 3 X2.


O jogo não foi lá essas coisas, mas a experiência acabou sendo muito legal. Vale realmente a pena ir para a Rua Javari ver uma partida de futebol. Parece que estamos nos anos 1950: estádios pequenos, mas lotados (com 3 mil pessoas), torcidas pacíficas assistindo ao jogo, cada uma na sua, e uma proximidade do campo inimaginável nos dias de hoje.

Legal que dava pra ver até a gota de suor na cara do incansável Vampeta, hoje no Juventus. Do lado da Lusa, Zé Maria e Christian traziam ares de nostalgia.

Aliás, fiquei impressionado com o estádio lotado, sem brincadeira. Do lado da Portuguesa, a Leões da Fabulosa até invadia o espaço juventino. A torcida do Juventus é a mais engraçada, formada por mooquenses orgulhosos (e sobretudo jovens). A maioria torce para outro time da capital, mas vai lá gritar pelo time do bairro.

E é isso que o Juventus é: um time do bairro. São poucos esses clubes hoje em dia. O clube Juventus é muito tradicional na Mooca, que também é um dos bairros mais tradicionais de SP. O grito "Mooca é Mooca, o resto é bosta", na verdade, demonstra um apego do paulistano mooquense com sua comunidade local, que tem corinthianos, palmeirenses, são-paulinos e santistas gritando pelo seu bairro.

É diferente. E no Brasil de hoje, onde ninguém se identifica com nada, onde as pessoas vivem cada vez mais isoladas, é um oásis de fraternidade e calor humano.

Parabéns pela molecada que fez a festa para o time grená, e parabéns à torcida da Lusa por apoiar sua equipe de forma tão contundente durante toda a partida.

Ah, e à noite assisti pela TV o jogo do meu time, o Corinthians, contra o Sertãozim, em Ribeirão Preto. Quando o juiz apitou o fim daquele 0 a 0 sofrível, tive a certeza de que fiz a escolha certa ao me aventurar na Mooca em uma quarta-feira à tarde.

Crédito das fotos: dos jogadores do Juventus, é do Futebol Interior. Do ingresso, é minha mesmo. Depois vou pegar umas fotos do celular do meu amigo, tiradas por ele, e posto aqui.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O novo set-list do Iron Maiden

Bom, ainda estamos na Quarta-feira de Cinzas, o Corinthians acabou de empatar em 1 a 1 com o Barueri, o Palmeiras tomou uma piaba do Guaratinguetá (3 a 0), e eu volto a escrever após alguns dias.

Prometi que falaria sobre o jogo Lusa X Juventus e cumprirei a promessa, mas ainda não nesse post.

Primeiro, vou falar sobre o set-list do Iron Maiden no primeiro show da turnê 'Somewhere Back in Time World Tour', que aportará no Brasil em março. A apresentação rolou em Mumbai, na Índia.

Segue ele:

Intro - Churchill's Speech
1. Aces High
2. 2 Minutes to Midnight
3. Revelations
4. The Trooper
5. Wasted Years
6. The Number of the Beast
7. Run to the Hills
8. Rime of the Ancient Mariner
9. Powerslave
10. Heaven Can Wait
11. Can I Play with Madness
12. Fear of the Dark
13. Iron Maiden
Bis
14. Moonchild
15. The Clairvoyant *
16. Hallowed be thy Name

*- Vi uma foto do set-list e estava escrito "Clairvoyant (or Evil...)". Suponho que eles alternarão Clairvoyant e The Evil that Men Do durante as apresentações, o que eu acho ótimo.

Vamos à análise dos fatos.

A turnê 'Somewhere Back in Time World Tour' seria uma espécie de homenagem aos discos Powerslave (1984), Somewhere in Time (1986) e Seventh Son of a Seventh Son (1988). Desses discos, serão tocadas:

Powerslave - Aces High, 2 Minutes to Midnight, Powerslave e Rime of the Ancient Mariner.

Somewhere in Time - Wasted Years e Heaven Can Wait.

Seventh Son - Moonchild, The Clairvoyant (ou The Evil that Men Do) e Can I Play With Madness.

Fora dessa época, temos Iron Maiden (do Iron Maiden - 1980); The Number of the Beast, Run to the Hills e Hallowed be thy Name (do The Number of the Beast - 1982); The Trooper e Revelations (do Piece of Mind - 1983) e Fear of the Dark (do disco homônimo, de 1992).

São 9 da época "prometida" (1984-88), com a adição de sete clássicos (acho que Revelations é a única não tão clássica; apesar da música ser maravilhosa, acho que poderia ser preterida em lugar de mais uma do Somewhere in Time, que só vai ter duas músicas no set).

Na minha opinião, o set é muito coerente com a proposta da banda. Na verdade, o show será, aparentemente, fulminante. A única música que eu acrescentaria seria Caught Somewhere in Time, mas porque eu adoro essa faixa, que não é tocada em shows desde 1986.

Como já contei no blog, perdi o show do Rock in Rio em 2001, mas vi o Maiden no Pacaembu em 2004, cujo set me decepcionou. Agora, não posso reclamar: é praticamente um set-list dos sonhos.

Surpresas: a primeira é a maravilhosa Moonchild, que abre o Seventh Son. Depois, e principalmente, The Rime of the Ancient Mariner. Ousada, a banda, em tocar uma faixa de 13 minutos que para mim sempre foi uma das melhores da carreira dos caras em virtude de sua variação rítmica e dos diferentes "climas" que ela apresenta. É uma das melhores composições da história de Steve Harris e é também, para mim, muito superior às outras músicas longas do Iron.

Um último comentário: legal a idéia de variar Clairvoyant e The Evil durante os shows, como já comentei acima. Eu torço por The Evil, que ficou de fora em 2004 (mas rolou no Rock in Rio, o que me deixou frustrado). Mas Clairvoyant é bem legal também. Talvez pudessem tomar essa atitude de várias músicas com outras faixas, coisa que o Maiden não costuma fazer.

Mas talvez seria demais. Já estou mais do que contente com o que vai vir.

ET: A Kiss FM está divulgando na rádio uma promoção para cantar com o Iron Maiden no palco em São Paulo. Assim, volta a tradição da banda em permitir que os fãs subam e cantem o ÔOOO de Heaven Can Wait com Dickinson, Gers, Harris, Murray, Smith e McBrain. Isso também rolou no show de 1998, quando a finada 89 FM fez a promoção, e um cara que eu conhecia ganhou e cantou lá no palco com os caras.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Ainda sobre o clássico e arbitragem...

O São Paulo, aparentemente, está acima do bem e do mal e dos erros da arbitragem. Os caras conseguiram barrar o Sálvio Spinola dos futuros jogos do time, notícia velha, da segunda-feira. Mas só hoje achei tempo para postar.

Se é certo ou errado, sinceramente não sei. Só sei que abre um precedente perigosíssimo. A partir de agora, ao menos no Campeonato Paulista, qualquer time que se sentir prejudicado por um juiz pode conseguir que o cara não apite mais seus jogos durante um certo tempo. Vai faltar juiz.

Mas é lógico que só deram essa canja porque era o São Paulo. Creio que também dariam se fosse o Corinthians, Palmeiras, Santos. Eu queria ver mesmo se fosse o Rio Claro, ou o Rio Preto, ou o Rio Grande da Serra.

Arbitragem, aliás, anda bastante na mídia. Ontem, o juiz Otávio Correa da Silva mandou voltar um pênalti no jogo Santos x Barueri em uma situação, no mínimo, polêmica.

O jogo estava 1 a 0 para o Barueri quando Rodrigo Tabata sofreu pênalti. Quando ele corria para chutar, quase chegando na bola, o árbitro anulou o lance. Lógico que o jogador acabou chutando pro gol, já estava no movimento. E o goleiro pulou, mas não conseguiu pegar. Foi gol, mas não valeu.

Não valeu porque o árbitro notou (aparentemente com a ajuda do bandeira) que o goleiro do Barueri, Renê, estava atrás da linha do gol no momento da batida, o que a regra não permite, pois ele está fora do campo. Mas a mesma regra diz que o infrator, nesse caso o goleiro, nunca pode ser beneficiado. Teoricamente, o gol deveria ser validado, de acordo com essa interpretação. O árbitro não poderia ter apitado antes do lance ser concluído, neste caso com o gol.

Mas o goleiro acabou sendo beneficiado, já que Tabata teve que bater de novo e errou. Fez certo o juiz? Sei lá, essa regra me parece cada dia mais maluca. Qual deve prevalecer? Aquela que diz que o infrator não pode ser beneficiado ou aquela que diz que o pênalti não deve ser batido com o goleiro fora do campo? Nada é claro, como já disse no post do clássico de domingo.

O futebol é bem legal, mas certas regras acabam irritando, tirando a graça em certos momentos e fazendo a gente perder nosso tempo, falando sobre elas.

Ah, e o Santos perdeu de novo. O time está lamentável mesmo. Desse jeito, não passa nem da primeira fase da Libertadores. Espero que o Leão acerte a mão com o pouco que tem.

Adriano

Parabéns pelo gol de cabeça contra o Rio Claro. Ainda bem que esse deixaram valer.

Clássico paulistano

Legal mesmo foi conferir Juventus 3 x 2 Portuguesa na Rua Javari, nesta quarta. Quando tiver mais tempo, contarei a história deste clássico genuinamente paulistano, de lotar estádio (mesmo que seja com 3.200 pessoas apenas).