terça-feira, 22 de julho de 2008

E Mel Galley se foi

Sei que estou mais de 20 dias atrasado no assunto, mas não faz mal. Aos 60 anos, o ex-guitarrista do Trapeze e do Whitesnake Mel Galley morreu de câncer no dia 1 de julho.

Em fevereiro, dediquei um longo texto a Mel Galley no Rock Tales, de Bruno Vicaria, reproduzido também aqui no blog um mês depois, contando sobre quem foi o guitarrista e a doença revelada por ele próprio, na época. Com câncer terminal, ele mesmo admitira que tinha poucos meses de vida.

"Fui abençoado com uma esposa fantástica e dois filhos de quem me orgulho muito, por isso, no momento, meu grande objetivo é conseguir celebrar meu aniversário de 60 anos em março. Eu tive uma vida muito boa, viajei o mundo inteiro, tive experiências maravilhosas, encontrei todo tipo de gente e toquei com os melhores músicos. Quando comecei, nos anos 60, jamais imaginei que poderia chegar tão longe", dizia um trecho da emocionante carta escrita por Galley.

Como disse no texto do blog, ele conseguiu seu maior objetivo, que era o de chegar aos 60 anos de vida. Deve ter comemorado demais o aniversário. Mais um em uma vida "muito boa", como definiu o próprio guitarrista.

No show do Whitesnake em SP, em maio, David Coverdale homenageou "Love Ain't No Stranger" "ao amigo" Galley, co-autor da música. Glenn Hughes, por sua vez, disse que Galley o "conduziu pela mão" em seus primeiros passos como músico.

A morte é sempre triste. Mas ver alguém deixar a vida de forma tão simples e "positiva", principalmente quando essa pessoa teve alguma fama, é um aprendizado a todos.

Feliz 60 grandes anos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Parabéns ao GP

PLAGIANDO GOMES (merecido) - Há mais ou menos dois meses, no dia 20 de maio, o Grande Prêmio foi agraciado com seu primeiro prêmio iBest. O site de Flavio Gomes, meu segundo emprego e primeira experiência trabalhando com Esporte, venceu na categoria "melhor site de esportes do Brasil", votação popular, desbancando "gigantes" como Globoesporte.com e ESPN Brasil.

Na época, eu estava em "recesso" no blog e acabei passando direto pela conquista. Conquista essa que me deixou muito orgulhoso por ter sido a vitória de um veículo "nanico" contra a grande imprensa. Sei do trabalho que dá para manter o site atualizado com uma equipe menor do que os grandes portais, e sem contar com todo o staff técnico que eles tem à disposição. Sem contar as credenciais, difíceis de arranjar, mas que sempre se arrumava um jeito para isso.

Fiquei orgulhoso também porque passei por lá entre setembro de 2006 e março de 2007 e fiz coisas muito legais no GP Acompanhei a marcante coletiva do Schumacher no GP Brasil de 2006 - aquela da tartaruga "Rubens", entregue ao alemão pela dupla Vesgo/Silvio, do Pânico. Até outro dia, foi o recorde de audiência na história do GP, parece que foi superado pelo domingo da corrida de Silverstone da F-1, na semana passada. Também tive a honra de entrevistar o "dinossauro" Paulo Gomes e cobrir a final da Stock em SP, além de acompanhar uma etapa da Stock no Rio. Foi minha primeira viagem "a serviço", essa. São apenas alguns exemplos.

O prêmio mostra todo o reconhecimento de quem realmente importa, que são os leitores. Fizeram campanha pelo GP na votação do iBest e emplacaram o "título". Foi realmente impressionante a devoção das pessoas para dar a vitória ao site.

Por lá, trabalhei com o chefe Gomes, o subchefe Victor, o subsubchefe Vicaria, meu veterano de faculdade, além dos brothers Mindu e Arantes. Com todos aprendi e de todos guardo ótimas recordações, mantendo contato sempre que possível.

Também fiquei feliz pela citação nos blogs do Gomes e do Victor, que fizeram questão de homenagear os atuais membros do GP e todos os ex-membros também, citando todo mundo que trabalhou no site. Foi um gesto de muita simpatia e que demonstra o reconhecimento pelo trabalho feito no GP ao longo dos anos. Lá, entendi o que significava, de verdade, jornalismo isento e sem rabo preso.

Parabéns de verdade.

domingo, 13 de julho de 2008

Acabem com os pênaltis


Parabéns à LDU, parabéns ao Fluminense.

Com mais de uma semana de atraso, não vou comentar sobre as circunstâncias que fizeram com que o time carioca perdesse aquele que seria o maior título de sua história. Todo mundo já falou sobre isso, com muito mais propriedade, e eu não tenho nada a acrescentar.

O que eu quero comentar é sobre a maldita disputa de pênaltis para decidir um título. É injusto demais. Creio que o futebol seja um dos poucos esportes que têm uma definição como essa, baseada puramente na sorte.

Sim, é sorte. Essa história de "pênalti é treino" é a mais pura balela. Não defendo aqui que as cobranças não devam ser treinadas. Precisam ser ensaiadas, e muito. Só não acho que o treino defina a favor (talvez contra). Isso porque todas as equipes acabam treinando, e muitas vezes isso acaba não influenciando em nada. O que pega mesmo é o equilíbrio emocional e a frieza.

Porque na hora da cobrança, o craque some e quase sempre erra. Nem preciso lembrar exemplos como Zico (Copa 86), Baggio (Copa 94), Marcelinho (Libertadores 2000), Cristiano Ronaldo (Champions 2008), Romário (Mundial 2000), Edmundo e Palermo (em quase todas as cobranças)... A responsabilidade pesa demais? Talvez. É mais fácil ser um zagueirão qualquer e encher o pé. Esses caras quase sempre acertam.

Outra coisa: às vezes o goleiro se adianta demais e defende. Dida fez isso a carreira inteira e deu certo. E, fora do Brasil, é praticamente irreal que o juiz marque esse tipo de infração. Mais uma das brigas da Fifa com as regras -indefinidas e não esclarecidas- do futebol.

Por último, cansei de ver jogos tão complicados e cheios de alternativas sendo decididos em cinco chutes a gol. Sinceramente, percebo que tudo se resume a isso. Esses cinco chutes do seu time e os outro cinco do adversário. É pequeno demais para o tamanho de uma decisão de Taá Libertadores.

Como solução, sugiro que sempre se ache algum tipo de vantagem para um dos times. Gols marcados fora de casa ou melhor campanha na competição, pra começo de conversa. No caso da Libertadores e de alguns outros torneios (nos quais a "melhor campanha" é subjetiva, pois os adversários enfrentados são diferentes), sugiro uma segunda prorrogação (valendo gol de ouro) e a possibilidade de substituir todos os jogadores possíveis, para que o time se renove.

Não é nada muito técnico e nem elaborado, você pode até dar risada das minhas sugestões. Mas são apenas divagações, de alguém que não agüenta mais ver o futebol sendo decidido praticamente no "cara e coroa", com a moeda sendo jogada dez vezes para o alto. Vamos encontrar algo mais justo. Até para poupar nossos corações.

Crédito da foto da merecida campeã (pênaltis à parte): Bruno Domingos (Reuters)



Parabéns

23 anos de Live Aid, realizado em 13 de julho de 1985, dia em que foi decretado o Dia Mundial do Rock.

Este blog, a quase um mês sem postar nada, deseja um feliz aniversário ao Rock 'n' Roll.