terça-feira, 24 de março de 2009

Tuvuca e a Maratona da Besta

No final de semana passado, tive o privilégio de assistir a dois shows do Iron Maiden em dois dias: no sábado, na Praça da Apoteose (Rio), e no domingo, em Interlagos.

Tudo começou quando tentei entrevistar a banda, mas não obtive sucesso. Minha chance de emplacar uma matéria pré-show? Falar com Sam Dunn, diretor de "Flight 666", o documentário sobre a banda cuja pré-estreia mundial ocorreu no Rio, também no sábado.

Sabia que Dunn não hesitaria em me retribuir a entrevista. Afinal, aqueles que conhecem este blog ou este personagem, com certeza recordarão que o cineasta canadense me entrevistou para um filme sobre o Rush, ainda em produção, em Toronto, em outubro de 2007. A história está neste post aqui e neste outro.

Se vou aparecer no filme do Rush eu não sei, mas valeu pelo contato, como percebi na facilidade com que agendei um bate-papo com Dunn e seu parceiro Scot McFadyen (não, não é Scott McFayden).

Voltemos à história: primeiro, entrevistei os dois para essa matéria aqui da FOL. Depois, fiquei morrendo de vontade de ir para o Rio -ainda mais depois de ser instigado pelo próprio Dunn-, e falei com o Eric Claros, camarada meu dos tempos de colégio, ex-batera do Mad Dragzter e atual batera do Children of the Beast (banda cover do Maiden).

Eric me disse que ia ao Rio com mais três amigos e me convidou. Com a possibilidade de ver o documentário em primeira mão, além do show, é claro, eu resolvi topar a maratona. Saímos de SP às 7h de sábado, chegamos no Rio e fomos direto ao Cine Odeon, onde seria a pré-estreia. Saí de lá, comi um Bobs nojento, fui a uma lanhouse e bati essa matéria aqui. Depois, corri para o show.

Após a apresentação, mais um Bobs nojento e estrada direto a SP, onde chegamos quase 24h depois de sair. Dormi, acordei, e rumei a Interlagos. Abismado com a imensa fila e desorganização, saí de lá com essa impressão relatada aqui.

Quanto aos shows, o que dizer? Até o ano passado, eu havia visto o Iron Maiden duas vezes, como contei aqui: um show morno com um set fraco em 2004, com o Bruce, e um show empolgante apenas para um moleque de 14 anos, como era eu, em 1998, com o Blaze.

Em 2008 e 2009, vi o Maiden três vezes com set lists magistrais -que incluíam "Rime of the Ancient Mariner", minha favorita da banda-, produção de palco que remeteu a 1984 (e que funcionou melhor no Rio) e seis caras que deram o sangue para provar aos brasileiros que toda a devoção ao grupo em terras nacionais é justa.

Agradeço aos quatro brothers de viagem -Eric, Diogo, Rodox e Pedrão-, que me ajudaram na hora de tirar fotos da banda na première do documentário (entre outras coisas), aos que me acompanharam no caos de Interlagos e à minha Pequena, que agora sabe de verdade o que é um show de Rock -com direito a lama, como acontecia nos velhos tempos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

The Shining

Manchete de agora do Grande Prêmio:

Barrichello diz: "Eu sou iluminado. Sempre fui"

Então o que seria Michael Schumacher? Ayrton Senna? Nelson Piquet? Juan Manuel Fangio?

Muita calma, caro Barrica. Que bom que o carro da Brawn é um "bem-nascido", mas ainda tem muito chão pela frente.

E esse negócio de ser "iluminado" é um pouco demais.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Palpites e chutes

Todos os anos, colunistas, blogueiros e escribas em geral dão seus palpites para a temporada. Agora que tenho um blog, quero dar os meus também, sem a mínima responsabilidade de errar - o que fatalmente acontecerá.

Tudo bem que já estamos em março, mas vou dar os chutaços mesmo assim. E sempre apostando em zebra, porque dizer que o Valentino Rossi vai ganhar a MotoGP não tem graça nenhuma.

O legal é chutar em uma zebra e acertar, e depois ficar tripudiando os outros com insuportáveis "não disse que isso iria acontecer?".

Vamos a elas. Primeiro, na F-1:

Campeão: Sebastian Vettel (Red Bull)
É um chutaço, mas o moleque é rápido demais. Ele deve fazer todo mundo comer poeira no futuro - difícil começar já em 2009. Mas quem iria prever a forma com a qual Michael Schumacher começou em 1994, mesmo sabendo que a Red Bull-Renault ainda não é nenhuma Benetton-Ford daqueles tempos?

Vice: Felipe Massa (Ferrari)
Não chegará tão longe quanto em 2008, mas fará um campeonato consistente, e após dois vices, será campeão em 2010.

Decepção: Lewis Hamilton e McLaren
Vão quebrar bastante a cabeça e demorar para se acertarem.

Agora, no chato futebol:

Sport vai chegar na semifinal ou até mesmo na decisão da Libertadores. Será o segundo melhor brasileiro no torneio. Eu já chutava isso antes do início da fase de grupos, em que o Sport começou arrebentando com duas vitórias no "grupo da morte". Como não escrevi, vocês têm o direito de achar que é mentira, mas juro que é verdade!
Também é verdade que, se o Sport tivesse perdido seus dois primeiros jogos, não manteria minha previsão...
O campeão? Cruzeiro.

Flamengo e Corinthians farão a festa das torcidas mais populares do país e decidirão a Copa do Brasil. Quem ganha? Eu quero que seja o Corinthians, claro! Ainda mais depois do vexame de 2008...
O Timão será campeão, mantendo a escrita do Grêmio (93/94) e do próprio Corinthians (01/02): vices em um ano, champions no campeonato seguinte.

No Paulista, já foram realizados muitos jogos, o que facilita os prognósticos, então digo que Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Portuguesa classificam. A final terá São Paulo x Portuguesa, com a Lusinha ganhando seu primeiro título paulista "só seu", digamos assim.

Na Europa, teremos o Chelsea, agora "bigphilless", finalmente sendo campeão de forma surpreendente, depois de uma temporada turbulenta.

No Brasileiro, não dá pra saber nada ainda. Só que o Ronaldo vai jogar umas 15 partidas e marcar uns dez gols. E que o Palmeiras vai ser campeão.

Na Sul-Americana, Inter bicampeão.

Pronto, esses foram meus chutes, sem nenhum fundamento científico e influenciado às vezes pela minha torcida.

Se eu lembrar no final do ano, vou olhar para ver o que eu acertei.

Barrichello + F-1: 17 temporadas juntos

Me tornei um apaixonado por F-1 em 1991. Dois anos depois, Rubens Barrichello estreava como a mais nova promessa do Brasil na categoria. Eu tinha só oito anos.

E aqui estou, já há dois anos e meio trabalhando com isso, vendo ele ser confirmado, no alto de seus 36 anos, por mais uma temporada na categoria - a de número 17. Tudo aquilo que os outros blogs e a mídia previam aconteceu: a nova Honda vai se chamar Brawn GP e terá Jenson Button e Rubens Barrichello.

A grande ironia é que possivelmente um dos protagonistas do pior momento de Barrichello na F-1 - quando ele teve que entregar a vitória no GP da Áustria-2002 a Michael Schumacher - foi justamente quem bancou o "quase-ex" Rubinho (hoje praticamente só chamam ele de Barrichello) na F-1 e evitou sua aposentadoria.

Notável a atitude de Ross Brawn, e compreensível, como disse Bruno Senna, talvez o maior prejudicado com a permanência de Barrichello.

Gostava muito de Rubinho em suas primeiras temporadas, mas ele tomou atitudes ruins ao longo da carreira e não soube lidar com os problemas que apareceram na sua frente. Foi, por vezes, arrogante, reclamão e, principalmente, chorão. Mas também foi rápido e construiu uma carreira histórica, já consagrada comoa mais longa da história da F-1.

Vai ser interessante assistir a Barrichello ajudando Brawn a reconstruir a ex-Honda. Quem sabe ele não se aposenta daqui a um tempo e assuma um cargo na equipe? Mas por enquanto, só quer correr e disse o tempo inteiro que a única coisa que desejava era sentar em um F-1 e pisar fundo.

Que bom que ele vai conseguir. A F-1 cresceu junto com ele desde 1993 e, em um ano marcado por tantas mudanças no regulamento, terá o velho capacete vermelho, branco e azul garantido presença no grid - mesmo que seja nas últimas filas.

Mea culpa

Não tem jeito. É uma pena, pois não consigo manter o blog atualizado, por diversas razões.

Sei que isso afasta os poucos visitantes deste espaço cibernético, mas é realmente complicado.

De qualquer maneira, não vou parar de escrever. Sempre que eu tiver tempo e inspiração, como hoje e agora, farei isso.

Aliás, hoje é um dia muito especial. Há dois anos, confirmei o que queria da minha vida, e tive sorte em ser aceito de volta.

Parabéns!