Estamos em uma reta final de Campeonato Brasileiro. Fala-se sobre julgamentos estranhos no STJD. Decisões incoerentes da arbitragem. Supostas ajudas a São Paulo, Palmeiras, Flamengo e agregados.
O entorno do futebol é um saco. É um saco tão grande que mancha o esporte e o deixa ainda menos atraente, não bastasse o baixo nível técnico dos times que não conseguem segurar seus craques, apesar das melhoras de 2009, quando assistimos a Ronaldo, Adriano e Fred, além das boas fases de Diego Tardelli e Diego Souza, entre outros.
Mas não vou ser mais um que questionará o gol maluco que o juiz anulou e desanulou no Palmeiras x Sport. Nem ficar perguntando como que o Simon pode ir para sua terceira Copa fazendo cagada pós-cagada. Comentarei sim a mala preta do Barueri.
"Preta?", alguém há de perguntar. Sim, preta. O que diabos é a "mala branca"? Muitos, incluindo grande parte da imprensa, consideram que mala preta é o "incentivo financeiro (dinheiro) para um outro time perder um jogo" e a mala branca define o "incentivo financeiro (dinheiro) para um outro time ganhar um jogo". Mas... quem inventou essa convenção?
Meu ex-chefe de FOL, Eduardo Vieira da Costa, dizia e defende a tese de que a "mala branca" é uma invenção recente da imprensa apenas para diferenciar da "preta", que teria uma conotação negativa. Há alguns anos, tudo era "mala preta". Mas algum gênio redefiniu os termos e os jornalistas embarcaram em mais um desses jargões futebolísticos malucos.
Edu diz também que essa coisa de mala preta e branca pode até passar uma indesejada conotação racial, a qual não creio que tenha motivado a criação do termo. Mesmo assim, concordo que a mensagem possa ser entendida dessa forma pejorativa. Concordo 100% com o veto da "mala branca". O R7 (ainda bem) pensa a mesma coisa.
Isso tudo era um desespero para um ex-colega meu, de nome Leandro, também jornalista e que ficava louco com a FOL. Ele mandou uns 200 e-mails, em diferentes campeonatos, nos chamando de imbecis porque "confundíamos" as malas pretas e brancas, azuis e vermelhas, e coisas do tipo.
Tudo condenável
No fim das contas, tudo deveria ser chamado de "mala de dinheiro" mesmo. E é tudo condenável. Se uma é condenável esportivamente, a outra é condenável profissionalmente. Nenhum time deve receber dinheiro de outro time (seja dirigente, jogadores ou até mesmo torcedores) para se dedicar mais em determinada partida. Isso não tem o menor sentido. O salário acertado em contrato deve suprir isso. Nada mais.
Quer dizer que o Corinthians, por exemplo, precisa de dinheiro do São Paulo para tentar ganhar do Flamengo? Não basta um negócio chamado "dedicação à profissão"? Aliás, existe isso no futebol?
E essas relações libidinosas entre clubes precisam ser combatidas. Cada um que cuide do seu. E todos os jogos precisam ser disputados em iguais condições entre os adversários. O que significa, por exemplo, que o Flamengo não deveria poder proibir o Palmeiras de escalar o Obina em um confronto entre os dois. Se ele jogou contra todos os outros, tem que encarar o Mengão também. Condições iguais. Quem mandou emprestar?
Obina, um dos principais jogadores do Palmeiras atual, não jogou na partida entre os dois, válida pela 30a. rodada do Brasileirão, no Palestra. E o Mengão meteu 2 a 0. Se Obina tivesse jogado, quem sabe o Palmeiras não teria ganhado? Agora, seria o líder do Brasileiro, empatado com o São Paulo, e poderia ter tirado o Flamengo da briga.
Mas quem vai se preocupar com essas coisas pequenas, que envolvem palavras estranhas como "ética" e "moralmente condenável"? Melhor dizer que vai investigar e deixar tudo do jeito que está. Mudar para quê?
Não podemos esquecer que a prioridade do STJD é punir jogadores que já foram punidos em campo por suas infrações. E depois, é claro, "despuní-los", revertendo a suspensão para cestas básicas e papagaiadas do tipo. Além de tirar mandos de campo por motivos nebulosos.
É um saco mesmo. Que bom seria se o esporte fosse a manchete, e não o detalhe, do futebol...
O entorno do futebol é um saco. É um saco tão grande que mancha o esporte e o deixa ainda menos atraente, não bastasse o baixo nível técnico dos times que não conseguem segurar seus craques, apesar das melhoras de 2009, quando assistimos a Ronaldo, Adriano e Fred, além das boas fases de Diego Tardelli e Diego Souza, entre outros.
Mas não vou ser mais um que questionará o gol maluco que o juiz anulou e desanulou no Palmeiras x Sport. Nem ficar perguntando como que o Simon pode ir para sua terceira Copa fazendo cagada pós-cagada. Comentarei sim a mala preta do Barueri.
"Preta?", alguém há de perguntar. Sim, preta. O que diabos é a "mala branca"? Muitos, incluindo grande parte da imprensa, consideram que mala preta é o "incentivo financeiro (dinheiro) para um outro time perder um jogo" e a mala branca define o "incentivo financeiro (dinheiro) para um outro time ganhar um jogo". Mas... quem inventou essa convenção?
Meu ex-chefe de FOL, Eduardo Vieira da Costa, dizia e defende a tese de que a "mala branca" é uma invenção recente da imprensa apenas para diferenciar da "preta", que teria uma conotação negativa. Há alguns anos, tudo era "mala preta". Mas algum gênio redefiniu os termos e os jornalistas embarcaram em mais um desses jargões futebolísticos malucos.
Edu diz também que essa coisa de mala preta e branca pode até passar uma indesejada conotação racial, a qual não creio que tenha motivado a criação do termo. Mesmo assim, concordo que a mensagem possa ser entendida dessa forma pejorativa. Concordo 100% com o veto da "mala branca". O R7 (ainda bem) pensa a mesma coisa.
Isso tudo era um desespero para um ex-colega meu, de nome Leandro, também jornalista e que ficava louco com a FOL. Ele mandou uns 200 e-mails, em diferentes campeonatos, nos chamando de imbecis porque "confundíamos" as malas pretas e brancas, azuis e vermelhas, e coisas do tipo.
Tudo condenável
No fim das contas, tudo deveria ser chamado de "mala de dinheiro" mesmo. E é tudo condenável. Se uma é condenável esportivamente, a outra é condenável profissionalmente. Nenhum time deve receber dinheiro de outro time (seja dirigente, jogadores ou até mesmo torcedores) para se dedicar mais em determinada partida. Isso não tem o menor sentido. O salário acertado em contrato deve suprir isso. Nada mais.
Quer dizer que o Corinthians, por exemplo, precisa de dinheiro do São Paulo para tentar ganhar do Flamengo? Não basta um negócio chamado "dedicação à profissão"? Aliás, existe isso no futebol?
E essas relações libidinosas entre clubes precisam ser combatidas. Cada um que cuide do seu. E todos os jogos precisam ser disputados em iguais condições entre os adversários. O que significa, por exemplo, que o Flamengo não deveria poder proibir o Palmeiras de escalar o Obina em um confronto entre os dois. Se ele jogou contra todos os outros, tem que encarar o Mengão também. Condições iguais. Quem mandou emprestar?
Obina, um dos principais jogadores do Palmeiras atual, não jogou na partida entre os dois, válida pela 30a. rodada do Brasileirão, no Palestra. E o Mengão meteu 2 a 0. Se Obina tivesse jogado, quem sabe o Palmeiras não teria ganhado? Agora, seria o líder do Brasileiro, empatado com o São Paulo, e poderia ter tirado o Flamengo da briga.
Mas quem vai se preocupar com essas coisas pequenas, que envolvem palavras estranhas como "ética" e "moralmente condenável"? Melhor dizer que vai investigar e deixar tudo do jeito que está. Mudar para quê?
Não podemos esquecer que a prioridade do STJD é punir jogadores que já foram punidos em campo por suas infrações. E depois, é claro, "despuní-los", revertendo a suspensão para cestas básicas e papagaiadas do tipo. Além de tirar mandos de campo por motivos nebulosos.
É um saco mesmo. Que bom seria se o esporte fosse a manchete, e não o detalhe, do futebol...