domingo, 13 de julho de 2008

Acabem com os pênaltis


Parabéns à LDU, parabéns ao Fluminense.

Com mais de uma semana de atraso, não vou comentar sobre as circunstâncias que fizeram com que o time carioca perdesse aquele que seria o maior título de sua história. Todo mundo já falou sobre isso, com muito mais propriedade, e eu não tenho nada a acrescentar.

O que eu quero comentar é sobre a maldita disputa de pênaltis para decidir um título. É injusto demais. Creio que o futebol seja um dos poucos esportes que têm uma definição como essa, baseada puramente na sorte.

Sim, é sorte. Essa história de "pênalti é treino" é a mais pura balela. Não defendo aqui que as cobranças não devam ser treinadas. Precisam ser ensaiadas, e muito. Só não acho que o treino defina a favor (talvez contra). Isso porque todas as equipes acabam treinando, e muitas vezes isso acaba não influenciando em nada. O que pega mesmo é o equilíbrio emocional e a frieza.

Porque na hora da cobrança, o craque some e quase sempre erra. Nem preciso lembrar exemplos como Zico (Copa 86), Baggio (Copa 94), Marcelinho (Libertadores 2000), Cristiano Ronaldo (Champions 2008), Romário (Mundial 2000), Edmundo e Palermo (em quase todas as cobranças)... A responsabilidade pesa demais? Talvez. É mais fácil ser um zagueirão qualquer e encher o pé. Esses caras quase sempre acertam.

Outra coisa: às vezes o goleiro se adianta demais e defende. Dida fez isso a carreira inteira e deu certo. E, fora do Brasil, é praticamente irreal que o juiz marque esse tipo de infração. Mais uma das brigas da Fifa com as regras -indefinidas e não esclarecidas- do futebol.

Por último, cansei de ver jogos tão complicados e cheios de alternativas sendo decididos em cinco chutes a gol. Sinceramente, percebo que tudo se resume a isso. Esses cinco chutes do seu time e os outro cinco do adversário. É pequeno demais para o tamanho de uma decisão de Taá Libertadores.

Como solução, sugiro que sempre se ache algum tipo de vantagem para um dos times. Gols marcados fora de casa ou melhor campanha na competição, pra começo de conversa. No caso da Libertadores e de alguns outros torneios (nos quais a "melhor campanha" é subjetiva, pois os adversários enfrentados são diferentes), sugiro uma segunda prorrogação (valendo gol de ouro) e a possibilidade de substituir todos os jogadores possíveis, para que o time se renove.

Não é nada muito técnico e nem elaborado, você pode até dar risada das minhas sugestões. Mas são apenas divagações, de alguém que não agüenta mais ver o futebol sendo decidido praticamente no "cara e coroa", com a moeda sendo jogada dez vezes para o alto. Vamos encontrar algo mais justo. Até para poupar nossos corações.

Crédito da foto da merecida campeã (pênaltis à parte): Bruno Domingos (Reuters)



2 comentários:

Timoneiro de Papel disse...

Você esqueceu de 99! Os peladões da fazendinha errando, Vampeta e Dinei. urú!

Anônimo disse...

Nossa, meu camarada... nem me fale. Estou com a cabeça doendo até agora por causa disso. E o pior é que a gente sabe que isso dos penaltis se repete sempre, mas não tem jeito. Não vou mandar aquela de "campeão moral" para o Flu, mas que foi foda, isso foi. Por isso é que concordo com o meu chefe quando ele fala que futebol é um "esporte de primata". Não necessariamente ofendendo quem assiste ou joga, mas principalmente quem comanda. É triste...