quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Tuvucanadá - Rush, Parte Final

Depois de tantos dias e seis partes, chegamos ao final dessa jornada Rushenta em Toronto. Um dia após o show, no domingo (23/09) a Rushcon seria encerrada com algumas atividades bem interessantes.

A primeira delas seria, para mim, a mais esperada. Uma turnê pela SRO Anthem Records, nada mais nada menos do que a gravadora dos caras. Na mesma rua do Days Inn Hotel (onde acontecia a convenção), a Carlton Street, rumei com o grupo de pessoas de meia-idade em sua maioria para conhecer o local.

Antes disso, já havia lido que um fã tinha tentado aparecer lá na Anthem (cuja fachada -na foto ao lado - não possui nada de especial, nem mesmo o nome da empresa) e pedido para entrar e ver os discos de ouro do Rush. Não conseguiu, mas sugeria que, para quem quisesse tentar, que ligasse para a gravadora, se apresentasse e pedisse para fazer um tour por lá.

Percebi que não seria fácil, e a principal razão para eu ter pagado a taxa inteira da Rushcon (que custava CAD$ 65 e incluía todas as 'atrações') era justamente essa tour pela SRO Anthem. E ela não decepcionou. Tirei muitas fotos daquela quantidade imensa de discos, cds, cassetes, vídeos e dvds de ouro e platina.


Duas coisas me chamaram mais a atenção. Primeiro, umas fotos presas em um mural com fotos da banda em seus primórdios, anúncios de shows do Rush em 1973 e 74, algumas delas até da época que a banda tinha um quarto integrante (o segundo guitarrista Mitch Bossi, salvo engano).
A segunda é a pintura original da capa do disco Power Windows, de 1985, feita pelo eterno designer das capas do grupo, Hugh Syme, e que pertence a Neil Peart. Tirei uma foto com a pintura e também da assinatura de Syme, no canto posterior direito da figura.

OBS: Ontem eu estava lendo uma biografia do Kiss, chamada Por Trás da Máscara, e descobri que o Hugh Syme fez o design da capa do Revenge, disco de 1992 que trouxe o quarteto mais capitalista do Rock 'n' Roll de volta às suas origens. Gosto muito desse álbum, e também de sua capa.

Voltando ao hotel com o resto do grupo, fiquei lá e conferi um pedaço do leilão beneficente que começou a rolar. A galera gastou muita grana (lembro de um simples poster autografado do Neil Peart sair por uns CAD$ 300). Logicamente que eu não participei, pois não tinha cacife para isso. Além do mais, se fosse para gastar aquela quantidade de dinheiro com a banda, que fosse para comprar um livro que contém todos os tourbooks da banda até 2004, e que estava à venda na convenção em uma estante da Anthem. Não trouxe por causa do preço e também por causa do peso na mala. De qualquer maneira, foi divertido ver aquela galera se digladiar para levar os itens.

A última atração da Rushcon era no domingo à noite, em que a galera se reuniria no pub que o Alex Lifeson é sócio, chamado The Orbit Room. Confesso que o lugar é simples, com uma decoração mais ou menos. Mas tinha uma bandinha tocando um som diferente (nada a ver com o som do Rush, mas bem legal) e uma galera bem eclética. Não estava lotado, mas com uma galera até.

Lá, conheci melhor o pessoal da Rushcon, conversei também com quem eu já havia sido apresentado e fiz um grande amigo, o Regan, que me deu uma grande força enquanto eu estive em Toronto. Além disso, também me deu um cd do Max Webster (banda canadense 'irmã' do Rush, que abriu shows deles na época do Moving Pictures - e cujo guitarrista, Pye Dubois, é co-autor de Tom Sawyer) que tem a música Battle Scar, gravada com a participação dos três integrantes do Rush.

No Orbit Room, conheci um amigo do Regan, o japonês Seiji Harada, que dois meses depois me forneceria gentilmente suas fotos do show para que eu mandasse para a Rock Brigade publicar ao lado do meu review (considerando que as minhas imagens não eram nem um pouco aproveitáveis, por causa da já mencionada lonjura entre eu e o palco).

Mesmo que eles não entendam nada desse texto em português (o Seiji não entendia nem inglês direito), um grande abraço aos dois.


Veja aqui as outras cinco partes da jornada:

Tuvucanadá - Rush, Parte 5 (o show)

Tuvucanadá - Rush, Parte 4

Tuvucanadá - Rush, Parte 3

Tuvucanadá - Rush, Parte 2

Tuvucanadá - Rush, Parte 1 (review)

3 comentários:

Anônimo disse...

Cara, parabéns pela "saga". É de deixar qualquer um com inveja. Sou cadastrado no t4e e cheguei ao seu blog através do post que vc deixou por lá...
Ah, e não esqueça de contar sobre o show do VH...
Abs,
Rodolfo

Marcelo Tuvuca disse...

valeu rodolfo, contarei sim! fique sempre ligado no blog.

grande abraço

Anônimo disse...

Marcelo, queria deixar meus parabéns pela postagem, pois estou fazendo um trabalho sobre a discografia da banda. Adoro Rush, infelizmente não pude ir ao show deles aqui no Rio de Janeiro, mas estou torcendo pela volta dos canadenses. E por gostar demais da banda, meu trabalho é sobre o design de capas da banda, o qual fiquei sabendo através de sua postagem que o designer em questão é Hugh Syme.
Nem vou dizer que rolou uma ponta de inveja por ter estado lá, mas so de ler sua postagem já fico deveras contente, pois agreguei um conhecimento sobre a banda.
Valeu mesmo, Marcelo.
Abraços.

E, se quiser, sinta-se a vontade para visitar meu espaço na web.
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