Comprado. Tarefa cumprida. Agora é esperar nada mais nada menos do que três longos meses. Vou tentar arranjar lugar melhor, mas o meu já está garantido.
Depois de tanto tempo, o Iron Maiden ainda me surpreende. Comprei um tíquete do que restou de todos os setores do Parque Antártica: arquibancada. Inteira, porque para estudante também não tem mais. Nesta quarta, se completa uma semana do início da venda de ingressos. E já tá quase tudo esgotado.
Tudo bem, tem um monte na mão dos cambistas, que estão trabalhando lá na frente do estádio palmeirense, livres como sempre. Enquanto a lei continuar 'nenhuma', eles estarão sempre lá.
Mas vamos ao que interessa. Vi o Iron Maiden pela primeira vez em 1998, quando tinha 14 anos. Para comprar ingresso, fui à sede da Umes, na Ana Rosa, atrás de meia entrada. Consegui, e no Anhembi só tinha pista. Melhor assim.
O show foi dia 5/12/98, salvo engano. No dia seguinte, azarados fariam o vestibular da Fuvest. Blaze Bailey, o antigo vocalista, nunca foi lá essas coisas ao vivo. Mas para um moleque de 14 anos, ver a maior banda de metal do mundo já era o bastante. Também lembro que a chuva em SP foi histórica e durou uns três dias. Na apresentação do Helloween, não dava nem pra ver direito a banda no palco.
Pouco tempo depois, Blaze saiu, Bruce Dickinson e o guitarrista Adrian Smith voltaram (deixando a banda com três guitarristas e seis integrantes, o que prejudicou o som deles ao vivo, na minha opinião), e eles escalaram de volta ao topo. Gravaram o bom Brave New World (2000) e vieram ao Rock in Rio no ano seguinte.
Deu raiva. Nessa mesma turnê com o Blaze, em 1998, lembro que o guitarrista Janick Gers recebeu uma lata na cabeça durante o show no Rio de Janeiro. Em protesto, a banda nem voltou para o bis. E eles cancelaram o show em São Paulo, dois anos depois, para tocar de forma exclusiva no Rio de Janeiro. Quanta petulância!
Coisas de moleque. Não fui ao Rock in Rio, o que me arrependo até hoje, por motivos de força maior. Inexperiência e insegurança, diria. Passou. Hoje vejo esse show em DVD. Foi o que me restou.
Em 2004, vi finalmente a banda ao vivo com o Bruce. E me decepcionei, de certa forma. Um show bem mais curto do que o do Rock in Rio, com poucos clássicos e muitas músicas do mediano Dance of Death (de 2003). Mas com certeza valeu a pena. Sempre vale.
Agora, os caras vêm para tocar só música velha, aparentemente, com uma ou outra nova. Set-list baseado nos discos Powerslave (1984), Somewhere in Time (1986) e Seventh Son of a Seventh Son (1988), uma das tríades mais poderosas na história do rock. Esperaremos com ansiedade.
Ao contrário de muitos, fico feliz em ver a molecada empolgada em assistir ao primeiro show do Iron Maiden, esperando horas (e até dias) na fila para pegar lugar na grade. Faz parte do ritual. Que fiquem feliz, nos seus 14 anos. Muitos ainda virão pela frente.
Pena que não podemos dizer isso com tanta certeza no que diz respeito aos shows do Iron Maiden. É melhor aproveitarmos enquanto ainda dá para ver esses caras ao vivo. Sempre vale a pena.
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